Na manhã dessa terça, 20, em seu programa de rádio, Vila Nova pôs em discussão os boatos sobre Fabio Magal. De acordo com os devaneios espalhados, o vereador teria “100 cargos no governo”. O radialista fez algumas perguntas, dentre elas: “Quantos cargos tinha o Fabio Magal? Por que foi apoiar Jabes? Ele foi eleito em outra corrente política, sendo assim, que negociação foi feita para ele apoiar o Jabes? Fabio Magal ganhou o quê para apoiar Jabes?”.

A produção do programa abriu espaço para as respostas requisitadas por Vila Nova. A assessoria de comunicação do parlamentar sanou as dúvidas do radialista e se colocou à disposição para fornecer qualquer tipo de documento (até mesmo extratos bancários de todos os parentes e assessores do vereador). Foram cinco os cargos de confiança indicados por Magal. Quando Fabio rompeu com o prefeito, as funções foram devolvidas. Até agora, JR não exonerou nenhum deles.

Na democracia, é natural que os representantes dos poderes concedam espaços administrativos. Trata-se de um movimento pela dinâmica do próprio governo e pela efetivação das políticas públicas. Mas a indagação do radialista:  -“Fabio Magal ganhou o quê para apoiar Jabes?” – deixa implícitas interpretações perniciosas à imagem do prefeito.

Conceituado e de grande audiência, o programa de Vila Nova tem o privilégio das entrevistas concedidas por Ribeiro. Entretanto, a pergunta soou estranho, pois sugeriu – numa camada subentendida do sentido – que o prefeito de Ilhéus teria o hábito de oferecer vantagens alheias ao interesse público, em troca de apoio político.

Para colocar a questão em perspectiva, um episódio recente cabe vir à tona.

O irmão de Magal, supervisor de marketing numa famosa empresa de massas e biscoitos, recebeu emprestado um automóvel saveiro para viajar a serviço da empregadora. Um vizinho do vereador disseminou o comentário de que o carro teria sido “dado por Jabes para entregar cestas básicas”. Como o comentador mora na mesma rua, prontamente, Fabio e seu irmão foram até sua casa apresentar-lhe o documento do veículo, em nome da conceituada empresa.

Desfeitos os boatos, restou que, no rádio e nas ruas, a imagem pública de Jabes Ribeiro carece de maior confiança e credibilidade. Cabe ao prefeito tentar eliminar esse estigma.