terça-feira, 24 de setembro de 2013

UM Teste mal conduzido espalha praga e dá prejuízo a produtores no Nordeste

O Jornal Nacional vai exibir, nesta semana, uma série de reportagens especiais sobre prejuízos que o Brasil sofre por causa de pragas.

O Jornal Nacional vai exibir, nesta semana, uma série de reportagens especiais sobre prejuízos que o Brasil sofre por causa de pragas. O que elas têm em comum é o fato de que não existiam, por aqui. Foram trazidas de outros países. Na primeira reportagem, Tonico Ferreira mostra duas delas - que prejudicam a criação de gado em diferentes estados brasileiros.
O bicho é pequeno, mas agressivo e altamente reprodutivo. Ataca os bois em grandes colônias. “Num local como esse aqui, a gente encontra mais de mil carrapatos. com certeza”, aponta um especialista.
A fêmea produz até 4 mil ovos e a fertilidade é de 98%. O carrapato do boi veio da Índia. O gado de raça européia, importante na produção não só de carne, mas, sobretudo de leite, é o mais sensível ao parasita.
É um problema essencialmente econômico para o país. O prejuízo que ele traz tanto pela queda na produção de carne, leite e transmissão de doenças quanto pelo custo das medidas de controle é de quase R$ 6 bilhões por ano.
Novos métodos de combate ao carrapato são testados em uma fazenda experimental em Minas Gerais. É um passo importante. Mas, quem conhece o problema a fundo, diz que é preciso um esforço coletivo.
“Quando não existe uma política pública, a coisa fica por conta do interessado particular. E isso leva a muitos erros. Hoje, um dos grandes problemas que a gente ter essa política pública, é que cada um faz como consegue”, ressalta Romário Cerqueira Leite, prof. de doenças parasitárias – UFMG.
A Embrapa, no entanto, reclama da falta de interesse de muitos produtores. O laboratório em Juiz de Fora, Minas Gerais, que recebe amostras de carrapato e testa os melhores produtos para combater o parasita, está com capacidade ociosa.
“Não temos política pública, mas temos um serviço gratuito que a Embrapa oferece a todos os produtores. E nós temos recebido em torno de mil amostras por ano e temos capacidade de realizar mais de 6 mil por ano”, afirmou Rui da Silva Verneque, pesquisador da Embrapa.
Pequenos produtores de leite são os mais prejudicados. Sergio da Silva, por exemplo, tirava 270 litros de leite por dia antes do carrapato atacar. Agora, consegue apenas 180 litros. Somando os gastos com o controle do carrapato, ele calcula que deixa de ganhar mil reais por mês
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário